Do sorriso, a crueldade rapace


Há na pintura religiosa, observada com pormenor, momentos quase escondidos em que se joga no humano o desprezível. A proporção certa tenta evitar o obsceno. Mas são instintos primitivos que ali se encontram, que só a proporção certa evita o obsceno, através do número de ouro que tudo sublima em Arte. 
Não se sabe o que mais impressiona em todo o quadro, talvez a sua existência naquele tempo, burlesco, omnívoro, de insaciedade fome de pecado, o cinismo do sorriso a dar o aparente tom, a falsa ideia, obnubilante.  Marx Reichlich pintou em 1520.